As queimadas no Brasil levante ano são o tópico da produção jornalística Caminhos da Reportagem desta segunda-feira (21) que vai ao ar na TV Brasil às 23h30. O incidente inédito Terreno em cinzas: as queimadas de 2024 também fica disponível no YouTube da emissora pública e no app TV Brasil Play.
Esta edição foi realizada com o suporte do Governo do Mato Grosso do Sul, ICMBio/PrevFogo – Ibama, Grupo de Resgate Técnico Bicho Encerrado Pantanal (Gretap/MS), Zoológico de Brasília, Instituto Arara Azul e Instituto Caiman, que cederam imagens para a TV Brasil.
O programa revela que levante ano o Brasil registrou um dos piores recordes de queimadas do país. As temperaturas também alcançaram os maiores níveis e uma seca prolongada cooperou para que o queima se alastrasse rapidamente. Um rastro de ruína chegou às cidades, em forma de incêndios, mas também de fumaça, que fizeram o país estar entre os piores índices de poluição do ar ao longo de vários dias.
Brigadistas que combatem incêndio na Amazônia – Frame: TV Brasil/Divulgação
Desde 2010 não são registradas tantas queimadas uma vez que atualmente, segundo o Instituto Pátrio de Pesquisas Espaciais (Inpe). O coordenador de Manejo Integrado do Queima do ICMBio, João Morita, pontua que “não existe queima instintivo, ele não nasce do zero só porque está quente ou porque está sedento, sempre há uma ignição, em qualquer bioma brasílico”.
A mão do varão foi a grande responsável pela ruína vista levante ano.
Até o início de outubro, 49,2% das queimadas do país ocorreram na Amazônia, um totalidade de 381 milénio km² devastados pelo queima, o que equivale a uma dimensão maior que o Japão. Para recompensar todo o dióxido de carbono lançado na atmosfera nesse período, seria necessário plantar 1,26 bilhão de árvores, que levariam 20 anos para sorver todo esse carbono.
Encerrado e da Amazônia
Um dos maiores climatologistas do mundo, o pesquisador brasílico Carlos Transcendente, traz previsões trágicas se não conseguirmos volver o quadro atual. “Nós já temos 18% da Amazônia desmatada e estamos muito próximos do ponto de não retorno. A estação seca da floresta já está de quatro a cinco semanas mais longa em 40 anos, uma semana por dez. Mais duas ou três décadas, ela atinge seis meses e não se mantém mais a floresta”, anuncia.
O Encerrado foi o segundo bioma com maior número de queimadas, com 32,3% dos focos de incêndio do país. Um dos grandes incêndios ocorreu no início de setembro, na capital do país. A Floresta Pátrio (Flona) de Brasília ardeu por 5 dias e teve 45,85% do território destruído.
Durante dias, a fumaça se espalhou pela cidade. “Foi um incêndio que ocorreu, na minha avaliação, de forma criminosa, premeditado. Foram dois focos de incêndio, com três quilômetros de intervalo, e as frentes se encontraram, os animais foram jogados diretamente no queima”, explica Fábio Miranda, diretor da Flona de Brasília.
Brigadista alimenta anta em floresta atingida pela queimada na Amazônia – Frame: TV Brasil/Divulgação
O pesquisador Luiz Aragão, do Inpe, afirma que no Encerrado o queima ocorreu principalmente em grandes fazendas. “Quase 40% dos focos ocorreram em grandes propriedades rurais e 30% em áreas naturais. O que pode estar ocorrendo é um processo de desmatamento ou também de queima que perde o controle e se alastra sobre áreas de proteção oriundo”, analisa.
O bioma que teve o maior aumento percentual foi o Pantanal, com 1.267% mais focos de incêndio entre janeiro e primícias de outubro, comparando o mesmo período em relação a 2023.
O climatologista Carlos Transcendente faz outra previsão trágica. “Os estudos indicam que se o aquecimento global continuar, se continuar o desmatamento da Amazônia e do Encerrado, a gente vai zerar o Pantanal entre 2070 e 2100”. Ele enfatiza que é preciso agir. “Para a gente salvar o planeta, não tem solução oriundo, nós teremos que fazer alguma coisa”, sugere.
Climatologista Carlos Transcendente – Frame: TV Brasil/Divulgação
Sobre o programa
Produção jornalística semanal da TV Brasil, o Caminhos da Reportagem leva o telespectador para uma viagem pelo país e pelo mundo detrás de pautas especiais, com uma visão dissemelhante, instigante e complexa de cada um dos assuntos escolhidos.
No ar há mais de uma dez, o Caminhos da Reportagem é uma das atrações jornalísticas mais premiadas não só do ducto, uma vez que também da televisão brasileira. Para narrar grandes histórias, os profissionais investigam assuntos variados e revelam os aspectos mais relevantes de cada tópico.
Saúde, economia, comportamento, instrução, meio envolvente, segurança, prestação de serviços, cultura e outros tantos temas são abordados de maneira única. As matérias temáticas levam teor de interesse para a sociedade pela telinha da emissora pública.
Questões atuais e polêmicas são tratadas com profundidade e seriedade pela equipe de profissionais do ducto. O trabalho minucioso e muito executado é reconhecido com diversas premiações importantes no meio jornalístico.
Exibido às segundas-feiras, às 23h30, o Caminhos da Reportagem tem horário mútuo na madrugada para terça-feira, às 4h30. A produção disponibiliza as edições especiais no site http://tvbrasil.ebc.com.br/caminhosdareportagem e no YouTube da emissora pública em https://www.youtube.com/tvbrasil.
As matérias anteriores também estão no aplicativo TV Brasil Play, disponível nas versões Android e iOS, e no site http://tvbrasilplay.com.br.
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Serviço
Caminhos da Reportagem – segunda-feira, dia 21/10, às 23h30, na TV Brasil.