Defesa Civil diz que ação humana causou 99,9% dos incêndios em SP

Resguardo Social diz que ação humana causou 99,9% dos incêndios em SP

O secretário vernáculo de Proteção e Resguardo Social, Wolnei Wolff, disse nesta segunda-feira (26) que 99,9% dos incêndios registrados no estado de São Paulo ao longo do término de semana foram causados por “ação humana”. Segundo ele, pelo menos 31 inquéritos já foram abertos junto à Polícia Federalista (PF) para investigar possíveis incêndios criminosos na região.

Em coletiva de prelo, o secretário destacou que a corporação vai utilizar imagens de satélite que possam facilitar na identificação de uma vez que se deu o início dos focos. “Quando a Polícia Federalista acha que há alguma coisa de provocação humana, esse interrogatório é descerrado e o processo corre”, explicou. “Quem vai determinar [o resultado de cada inquérito] é a investigação”,disse.

Wolnei classificou uma vez que motivo de “surpresa” o vestimenta de praticamente 50 municípios paulistas registrarem focos de incêndio de forma concomitante. O secretário citou ainda outros dois fatores que acabaram por contribuir para o cenário registrado no término de semana: a privação de chuvas no estado até o sábado (24) e ventos que chegaram a 70 quilômetros por hora.

Redução dos focos

Segundo Wolnei, a Resguardo Social de São Paulo reportou, na manhã desta segunda-feira, que restam poucos focos de incêndio ainda ativos no estado. Os motivos, segundo ele, incluem a grande umidade proporcionada pelas chuvas que caíram no domingo (25) e que foram suficientes para extinguir a maior segmento dos focos.

“Não quer expor que vamos perfurar a guarda”, destacou o secretário. “Os focos que continuam, muito poucos, estão sendo combatidos no dia de hoje”, completou, ao reportar o trabalho de helicópteros, de uma avião padrão KC-360, capaz de carregar até 12 milénio litros de chuva por viagem, e de tapume de 500 homens do Tropa brasílico para realizar aceiro na região.

Emergência

De convénio com Wolnei, 56 municípios paulistas informaram terem sido afetados pelos incêndios do término de semana. Entretanto, não há ainda nenhum decreto federalista de reconhecimento de situação de emergência provocada pelo queima, já que é preciso que o município publique primeiramente o decreto sítio e, em seguida, comunique o estado.

“As informações não foram completadas no sistema. Enquanto isso não é concluído, a gente não consegue fazer o reconhecimento [da situação de emergência]”, explicou.

No sábado (24), em função dos intensos incêndios, o governo de São Paulo anunciou a geração de um gabinete de crise para gerenciar ações de monitoramento e de controle da situação. 

Estranheza

Durante a coletiva de prelo, o diretor de Controle do Desmatamento e Queimadas do Ministério do Meio Envolvente e Mudança do Clima, Raoni Rajão, classificou os incêndios registrados ao longo do término de semana no estado de São Paulo uma vez que “situação anômala”. “No momento, não temos todas as informações. As investigações estão avançando”.

“O que desculpa estranheza é o aumento repentino [de focos] em áreas relativamente distantes umas das outras”, disse, ao reportar que alguns municípios atingidos chegam a estar a dezenas ou mesmo centenas de quilômetros distantes uns dos outros. Ainda segundo Raoni, as áreas atingidas pelo queima concentram lavouras de cana. “Não faria sentido que, naquelas áreas, [os focos de incêndio] fossem utilizados para o manejo da cana”.

“São todos elementos que estamos investigando. As dinâmicas são muito diferentes de sítio para sítio”, destacou. “A produção agrícola perde com o queima, ela não ganha com o queima”, disse, ao lembrar que também não houve registros de raios e relâmpagos no momento em que os focos começaram, nem mesmo de acidentes com torres de subida tensão que pudessem dar início ao queima.



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