Dino diz que Congresso não enviou ao STF todos documentos sobre emenda

Dino diz que Congresso não enviou ao STF todos documentos sobre emenda

O ministro do Supremo Tribunal Federalista (STF) Flávio Dino disse nesta quinta-feira (3) que o Congresso “cumpriu exclusivamente parcialmente” uma das decisões proferidas no processo que trata das emendas parlamentares RP8 e RP9 (emendas de percentagem e de relator ao orçamento), chamadas de “orçamento secreto”.

Em decisão proferida hoje, o ministro constatou que o Congresso não enviou ao Supremo todos as informações referentes às destinações ou mudanças na destinação de recursos das emendas RP 8 (percentagem) em 2024.

Diante da falta das informações, Flávio Dino determinou que a juntada dos documentos deve ser realizada em 15 dias.

“Enquanto ela [juntada] não for procedida fielmente, será impossível qualquer novidade deliberação judicial sobre emendas RP 8, em face dos requisitos constitucionais da transparência e da rastreabilidade”, decidiu o ministro.

Na segunda-feira (30), Flávio Dino convocou novidade audiência de conciliação entre o governo federalista e o Congresso para tratar das emendas. A reunião será no dia 10 de outubro.

A audiência deverá descrever com representantes do Senado, da Câmara dos Deputados, a Advocacia-Universal da União (AGU) e a Procuradoria-Universal República (PGR). O Psol também vai participar da reunião por ter protocolado a petição que questionou o orçamento secreto.

Entenda

Em dezembro de 2022, o STF entendeu que as emendas chamadas de RP 8 e RP 9 são inconstitucionais. Depois a decisão, o Congresso Pátrio aprovou uma solução que mudou as regras de distribuição de recursos por emendas de relator para executar a norma da Namoro.

No entanto, o Psol, partido que entrou com a ação contra as emendas, apontou que a decisão continua em descumprimento. 

Depois a aposentadoria da ministra Rosa Weber, relatora original do caso, Flávio Dino assumiu a meio do caso.

Em agosto deste ano, Dino determinou que as emendas devem seguir critérios de rastreabilidade. O ministro também mandou a Controladoria-Universal da União (CGU) auditar os repasses realizados pelos parlamentares por meio das emendas do orçamento secreto.



Créditos

Comments

No comments yet. Why don’t you start the discussion?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *