A adoção do horário de verão pode resultar em uma subtracção até 2,9% da demanda máxima de vontade elétrica, e em uma economia próxima a R$ 400 milhões para a operação do Sistema Interligado Vernáculo (SIN) somente entre os meses de outubro e fevereiro. A estimativa consta de uma nota técnica divulgada pelo Operador Vernáculo do Sistema Elétrico (ONS).
Rio de Janeiro (RJ) 19/09/2024 – Prédio sede e logotipo do Operador Vernáculo do Sistema Elétrico (ONS), que recomenda adoção do horário de verão. Foto: Fernando Frazão/Escritório Brasil
Segundo o estudo, a modificação no horário brasílico durante o verão resultaria em uma “redução de dispêndio de combustível termoelétrico, para o horizonte de outubro/2024 a fevereiro/2025, de R$ 356 milhões no pior cenário hidrológico e R$ 244 milhões no melhor cenário hidrológico”, detalha o documento.
“Em termos de contratação de suplente de capacidade, tomando por base os resultados do Leilão de Suplente de Capacidade de 2021, a economia anual, em termos de pagamento de receita fixa aos empreendimentos vencedores do leilão, foi tapume de R$ 1,8 bilhão por ano”, acrescentou.
Horário de pico
Ou por outra, resultaria em maior eficiência do SIN no atendimento aos horários de maior consumo, em próprio entre 18h e 20h. “É nesse período que o sistema precisa mourejar com os desafios da saída da geração solar centralizada e da micro e mini geração distribuída e do aumento da demanda por vontade”, diz a nota técnica ao explicar que dados históricos mostram que o impacto positivo é mormente percebido nos subsistemas Sudeste/Núcleo-Oeste e Sul, além do SIN.
“A prática se demonstra eficiente em amenizar o prolongamento da fardo entre as 18hs e 19hs, horários críticos do sistema. No entanto, posteriormente as 20hs, o prolongamento é retomado, alongando assim o processo de rampeamento”, complementou.
O ONS pondera que, ao determinar o impacto da prática no consumo de vontade, verificou-se que o impacto em alguns horários do dia é ineficaz no sentido de reduzir a fardo média diária. No entanto, verificou-se também “reduções significativas em dias úteis, sábados e domingos, sob diversas condições de temperatura” nos momentos de demanda máxima noturna.