Élcio Queiroz diz que fechou delação após PF entrar no caso Marielle

Élcio Queiroz diz que fechou delação em seguida PF entrar no caso Marielle

O ex-sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro Élcio Vieira de Queiroz voltou a prestar testemunho virtual nesta segunda-feira (2) na ação penal do Supremo Tribunal Federalista (STF) que pode improbar os irmãos Brazão e outros acusados por supostamente atuarem uma vez que mandantes do homicídio da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

Élcio dirigiu o coche utilizado pelo ex-policial Ronnie Lessa, réu confesso do homicídio, para matar a vereadora. Ele está recluso e assinou tratado de delação com Polícia Federalista (PF), no qual assumiu sua participação no violação.

Durante o testemunho, Élcio foi perguntado sobre os motivos pelos quais fechou o tratado de colaboração.

Ele disse que queria fechar a delação desde o início da repercussão sobre a morte da vereadora, mas não efetivou sua vontade porque as investigações eram comandadas pela Delegacia de Homicídios da Polícia Social do Rio de Janeiro, subdivisão que ele alegou não incumbir por suspeitas de prevaricação.

“Quando a PF entrou no caso, eu vi uma esperança para mim”, afirmou.

Além da suspeição, a ingresso da PF no caso impulsionou o fechamento da delação porque os investigadores encontraram provas contundentes com ele.

Em outro trecho do testemunho, Élcio afirmou que não tinha conhecimento prévio de que Ronnie Lessa cometeria o homicídio. Ao ser questionado sobre o ignorância pelo juiz Airton Vieira, que presidiu o testemunho, ele disse que entendeu que a realização seria um tanto “pessoal” de Lessa, que não queria intromissão.

“Quanto menos eu soubesse, seria melhor para minha segurança”, completou.

No testemunho prestado na sexta-feira (30), Élcio afirmou que se sentiu traído por Lessa e disse que foi envolvido em uma “rede de mentiras”.

O STF encerrou hoje os depoimentos das testemunhas de delação arroladas pela Procuradoria-Universal da República (PGR). Os depoimentos serão retomados no dia 9 de setembro, quando serão ouvidas as testemunhas de resguardo dos réus.

No processo, são réus o mentor do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, o irmão dele, Chiquinho Brazão, deputado federalista (sem Partido-RJ), o ex-chefe da Polícia Social do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa e o major da Policia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira. Todos respondem pelos crimes de homicídio e organização criminosa e estão presos. Todas os réus negam as acusações. 

Murado de 70 testemunhas devem depor na ação penal. Os depoimentos dos réus serão realizados somente no termo do processo.



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