Haddad: descongelamento é resultado de melhor performance da economia

Em Novidade York, Haddad diz que despesas estão dentro do tórax

Em seguida prolongamento no meio do ano, os gastos com a Previdência Social e o Favor de Prestação Continuada (BPC) acomodaram-se em agosto e setembro, melhorando as expectativas de o governo executar a meta de déficit fiscal zero em 2024, disse nesta segunda-feira (23) o ministro da Herdade, Fernando Haddad. Escoltado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Haddad reuniu-se com representantes de agências de classificação de risco em Novidade York.

“Em maio deste ano, estávamos muito preocupados com a evolução [dos gastos] de Previdência e BPC, e essas despesas ficaram mais acomodadas nesse quarto Relatório [Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas]. Portanto a equipe está mais tranquila em relação a isso. E do ponto de vista da receita, as medidas tomadas pelo Senado compensam em segmento, pelo menos, a questão da prorrogação da reoneração da folha”, declarou Haddad posteriormente o encontro.

Divulgado na última sexta-feira (20) e detalhado nesta segunda (23), o relatório, que orienta a realização do Orçamento, descongelou R$ 1,7 bilhão de verbas. A melhoria vem principalmente de fontes de receitas extraordinárias, mas Haddad disse que o governo está fazendo sua segmento ao manter os gastos estáveis em relação ao Resultado Interno Bruto (PIB).

“Nós divulgamos os dados do quarto relatório (bimestral de receitas e despesas) deste ano, mostrando que as despesas estão absolutamente dentro da regra do tórax, limitadas a 2,5% de prolongamento [acima da inflação] em relação ao ano pretérito. Tivemos boas surpresas nesse quarto relatório”, disse.

Intensidade de investimento

O ministro defendeu que as agências de classificação de risco elevem o Brasil a intensidade de investimento, com selo de garantia de bom pagador e de que o país não corre risco de dar calote na dívida pública. Ele disse que nem os investidores internacionais compreendem a nota atual do país, que está duas classificações aquém de intensidade de investimento.

“O Brasil é credor internacional, tem um superávit mercantil [em torno] de U$$ 100 bilhões, é o segundo ou terceiro tramontana de investimentos privados estrangeiros, e está sendo procurado por diversos países e fundos soberanos para apresentar seus projetos de investimento. Para essas entidades, também não faz sentido que a oitava maior economia do mundo, com US$ 350 bilhões em reservas [internacionais], ainda não tenha intensidade de investimento”, declarou.

Inflação

Sobre o impacto da estiagem em boa segmento do país sobre a inflação, Haddad disse que a taxa continuará a minguar nos próximos anos e que os juros acompanharão a queda. “Nós vamos continuar tendo, sucessivamente, as inflações menores nos próximos anos. Essa é a minha fé. E eu não tenho incerteza de que a Selic [juros básicos da economia] vai responder a esse comportamento”, comentou.

O ministro lembrou que a inflação em 2022 foi maquiada por motivo da redução de imposto sobre os combustíveis. “Sem maquiagem em relação aos combustíveis, a inflação não solene de 2022 estava a 8,25%. Nós estamos no segundo ano com metade da inflação de dois anos detrás. Foi uma queda muito expressiva”, destacou.

Nesta manhã, Lula e Haddad receberam separadamente dirigentes das agências de classificação de risco Standard & Poor’s e Moody’s. Os encontros ocorreram na residência do gerente da missão do Brasil nas Nações Unidas. Nesta terça-feira (24), Lula fará o oração anual de preâmbulo da Câmara Universal das Nações Unidas, regalia que cabe ao Brasil.



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