Festival de Danças folclóricas começa neste sábado em São Paulo

Festival de Danças folclóricas começa neste sábado em São Paulo

A 51ª edição do Festival de Danças Folclóricas Internacionais, que irá recontar com apresentações que compartilham um pouco da cultura de 19 países, começa neste sábado (21), na capital paulista, e terá a estreia dos dançarinos Sumaq, representante do Peru, ao lado dos outros 26 grupos. O evento é organizado pela Bunkyo – Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social, entidade sem fins lucrativos e mantida por voluntários.

O festival é uma oportunidade para as pessoas se aproximarem da arte da Alemanha, Armênia, Áustria, Bolívia, Croácia, Escócia, Espanha, Grécia, Hungria, de Israel, do Japão, da Lituânia, do Paraguai, Peru, de Portugal, da Rússia, Síria, Suíça e Ucrânia, ao longo dos dois dias de programação. Haverá ainda estandes de comida típica e produtos.

“Existe todo um experiência, um desvelo e você percebe o quanto os grupos têm prazer de dançar. E eles passam essa virilidade boa. Você nem percebe o tempo passar. É tão boa a virilidade que termina um, começa outro e vai”, elogia Teruco Araki Kamitsuji, presidente da percentagem organizadora do evento, pontuando que o festival chamou a atenção de um museu do Japão.

Sumaq

Por trás do grupo Sumaq, termo que, em quéchua, significa “bonito, charmoso, gostoso”, está a turismóloga peruana Maria Angélica Cuno, oriundo de Cusco. Ela conta que, desde a escola, dança, assim uma vez que sua mãe, de quem herdou uma roupa, o ponto de partida de tudo.

Angelita, uma vez que é carinhosamente chamada pelos mais íntimos, saiu de seu país natal, onde trabalhava uma vez que guia de turismo, para “trespassar do conforto”. “Cheguei cá sempre pensando na cultura, no folclore”, diz.

Começa na capital paulista a 51ª edição do Festival de Dan. Foto: Registro pessoal de Maria Angélica

Aos poucos, foi se abrindo a novas amizades no novo lugar, compartilhando seu conhecimento sobre as rotas possíveis de seu país. À medida que ia fazendo amizades, as pessoas pediam a ela para mostrar as danças de sua terreno natal. Depois de vários convites e gente a instigando a montar um grupo pequeno de peruviano, pôs em prática o projecto.

Entretanto, apesar dos incentivos, muitos não mantiveram sua termo de remunerar pelas roupas que trouxe do Peru. Outro repto, que ainda permanece, é chegar a consensos, já que “cada um tem um jeito dissemelhante de pensar”.

Mesmo com um amontoado de obstáculos, a turismóloga não se deixa bater e estimula os integrantes a também se condescender com a fruição da arte. “Fico incentivando, dizendo ‘Somos imigrantes. Aproveitemos que estamos cá para nos divertir dançando. Essa é a finalidade'”, afirma Angelita.

Volga

Os integrantes do grupo Volga, que é secção de uma associação de mesmo nome, também são orientados a se deixar contaminar pela alegria, ao subir no palco, segundo a fundadora da entidade, Tamara Gers Dimitrov. Ela destaca que selecionam, de todo o repertório russo, músicas mais famosas para levar ao público, e que usam acessórios uma vez que o enfeite de cabelo feminino kokoshnik. Outra particularidade são os passos de dança que conferem mais presunção aos membros do gênero masculino, e à delicadeza às do gênero feminino.

São Paulo-20/09/2024 Começa na capital paulista, a 51ª edição do Festival de Danças Folclóricas Internacionais. Foto: Registro pessoal da Maria Angélica

Um pouco que demonstra o entrecruzamento cultural entre países é uma boneca bastante conhecida, que vem do artesanato: a matriosca. “Ela representa toda a família e surgiu de uma teoria do Japão. Tinha aquele bonequinho nipónico, que é um dentro do outro, e um artista quis fazer alguma coisa representando a Rússia. Logo, representou a mulher camponesa russa”, sintetiza Tamara.

Edelweiss

Carlos Busch entrou no grupo Edelweiss, que já completou 45 anos, ainda na sua primeira dez de existência. Hoje, sua esposa, Mônica Busch, é coordenadora dos trajes dos integrantes.

Ela explica que o figurino se inspira no que ficou no imaginário social durante o período pós-guerra, em relação ao sul da Alemanha e também à Áustria, uma vez que calça de epiderme e vestidos típicos de camponesas. “Optou por um traje que todo mundo bate o olho e sabe que é boche”, enfatiza ela, acrescentando que as coreografias incluem danças em círculo ou quadrilha (grupos de quatro pares), que remete às danças da galanteio, e são muito pensadas, já que é preciso caber em um espaço de dez minutos.

Em relação aos instrumentos musicais, o que se escuta são os sons de sanfona, violino, contrabaixo e, eventualmente, flauta. “Nós não temos música ao vivo, infelizmente. É muito difícil encontrar músicos que acompanhem o ritmo de um grupo de dança. Mas, com uma sanfona, a gente faz um bailão. A gente brinca e diz isso.”

Veja a programação

51º Festival de Danças Folclóricas Internacionais

21 de setembro (sábado), às 16h e 22 de setembro (domingo), às 15h

Grande Auditório do Bunkyo (Rua São Joaquim, 381 – Liberdade, São Paulo | próximo ao metrô São Joaquim

Dia 21 de setembro (sábado) – 16h

1. Awaodori Represa – Japão

2. Escola Benjamin Constant – Alemanha

3. Brasil Caledônia – Escócia

4. Aldeias da Nossa Terreno – Portugal

5. Neolea Asteri – Grécia

6. Kilikia – Armênia

7. Tanzgrupe Helvetia – Suíça

8. Kyiv – Ucrânia

9. Mabruk – Síria

10. Kantuta – Bolívia

11. Tanzfreunde – Alemanha

12. Apolo – Grécia

Dia 22 de setembro (domingo) – 15h

1. Chaverim – Israel

2. Lembranza e Agarimo – Espanha

3. A.C. Kolping – Alemanha

4. Psique Guarani – Paraguai

5. Sumaq Perú – Peru

6. Volga – Rússia

7. Morada dos Açores – Portugal

8. Tirol – Áustria

9. Ryuka Sousaku Eisa Taiko – Japão

10. Rambynas – Lituânia

11. Jadran – Croácia

12. Kyiv – Ucrânia

13. Edelweiss – Alemanha

14. Caporales Mi Viejo San Simón – Bolívia

15. Pántlika – Hungria

16. Zorbás – Grécia



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