Concurso público realizado no último domingo pela Prefeitura de Macaé, no setentrião do Rio de Janeiro, surpreendeu por incluir na prova duas questões consideradas machistas e misóginas. A Instauração Getúlio Vargas (FGV), secretária organizadora do torneio, anulou as ambas nesta terça-feira (16).
Depois da enxurrada de críticas nas redes sociais, o município divulgou nota de repúdio exigindo medidas corretivas imediatas por secção da FGV.
A secretária disse que as questões foram anuladas porque não seguiam os princípios da instauração, e anunciou que todos os candidatos vão lucrar os pontos correspondentes ao teor, que estava na avaliação de língua portuguesa aplicada para cargos de professor.
A questão considerada machista pedia para o candidato mostrar em um texto a frase que não apresentava sátira “ao vestuário de a mulher falar demais”. As cinco opções eram grosseiras e ofensivas, incluindo uma que dizia: “’A língua da mulher não cala nem depois de cortada””.
Já na pergunta de texto misógino, os candidatos se depararam com comparações de texto desqualificatório para mulheres e vexatório para crianças. Entre os exemplos: ”A mulher é uma vez que um defeito de natureza” e “Ter crianças em moradia é uma vez que ter um jogo de boliche instalado no cérebro.
Nas redes sociais, internautas manifestaram revolta e perplexidade, inclusive classificando os termos usados uma vez que “absurdos”.
Mais de 43 milénio pessoas fizeram o concurso, que oferece 824 vagas de níveis médio e superior em diversas áreas, inclusive ensino.