Coluna desta sexta-feira | Jornalista Kalebe Pereira:
A corrida eleitoral para 2026 já saiu dos bastidores e ganhou espaço também nos púlpitos. Nos últimos dias, a movimentação política tem sido intensa dentro das igrejas evangélicas, um dos segmentos mais disputados do cenário eleitoral pernambucano.
De um lado, a governadora Raquel Lyra (PSD) busca consolidar o apoio do eleitorado cristão por meio de alianças com pastores e lideranças religiosas que integram sua base política. Do outro, o jovem prefeito do Recife, João Campos (PSB), começa a intensificar visitas a templos evangélicos, sinalizando claramente sua estratégia para o pleito de 2026.
João Campos tem apostado no diálogo direto com fiéis e líderes religiosos, participando de cultos e eventos, numa tentativa de reduzir resistências históricas do campo evangélico ao seu partido. A leitura é clara: quem quiser vencer em 2026 precisará passar, obrigatoriamente, pelas igrejas.
Um exemplo simbólico dessa disputa é a Assembleia de Deus em Pernambuco, uma das denominações evangélicas mais antigas e influentes do estado. Tanto Raquel Lyra quanto João Campos já estiveram recentemente visitando templos ligados à igreja, reforçando a importância estratégica do segmento religioso na formação de palanques e votos.
A fé, mais uma vez, entra no centro do debate político. Resta saber quem conseguirá transformar visitas, discursos e aproximações em confiança e, principalmente, em votos nas urnas.


