Justiça de SP extingue penas de policiais pelo massacre do Carandiru

Justiça de SP extingue penas de policiais pelo massacre do Carandiru

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) decidiu extinguir as penas dos policiais condenados pelo massacre do Carandiru, ocorrido em 1992. 

A decisão foi proferida no dia 2 de outubro pela Quarta Câmara de Recta Criminal e baseada no indulto natalino outorgado em dezembro de 2022 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para anistiar os policiais.

O massacre ocorreu em outubro de 1992, quando a repressão policial a uma rebelião prisional resultou na morte 111 detentos.

O incidente gerou a pena de 73 policiais. As penas variam de 48 a 624 anos de prisão.

De congraçamento com a câmara criminal, o decreto foi considerado constitucional pelo órgão próprio do tribunal e deve ser aplicado aos condenados.

“Nesses termos, é imperioso declarar-se a extinção da punibilidade, pelo indulto, das penas corporais impostas a todos os réus desta ação penal”, decidiram os magistrados.

Os efeitos do indulto foram suspensos em janeiro de 2023 pela logo presidente do Supremo Tribunal Federalista (STF), ministra Rosa Weber. Porém, o valor do caso estava previsto para ser julgado em junho deste ano, mas não foi a julgamento.

No mesmo mês, o ministro Luiz Fux concedeu liminar para permitir ao TJSP realizar o julgamento que considerou o indulto constitucional.

O indulto de Bolsonaro foi questionado no STF pela Procuradoria-Universal da República (PGR). Para a procuradoria, o ato de Bolsonaro é inconstitucional por reptar a honra humana e conceder anistia a envolvidos em violação de lesa-humanidade.



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