A Polícia Militar e a Polícia Federalista retiraram, na manhã deste sábado (19), os manifestantes que ocupavam dependências do Hospital Federalista de Bonsucesso (HSF) e permitiram que os integrantes da novidade direção entrassem na unidade de saúde, localizada na zona setentrião da cidade do Rio de Janeiro. A desocupação da sala de direção foi realizada por volta das 6h, depois de uma rápida e pacífica negociação de policiais com os manifestantes que estavam no sítio.
“A Polícia Federalista, em conjunto com a PM, de forma muito tranquila, harmônica, liberou o prédio e a ingresso. Entramos às 6h e já iniciamos, com 40 pessoas, a visitante de todas as áreas do hospital, com o foco principal de saber uma vez que está a assistência aos pacientes internados. Temos quase 200 pacientes cá, sete na UTI e alguns na emergência. Olhamos todos os quadros clínicos para saber sobre a segurança, se não faltam insumos e sobre as escalas de plantão”, afirmou o secretário junto de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Nilton Pereira Júnior.
Protesto
Grupo de servidores do hospital e de outras unidades do Ministério da Saúde, no entanto, manteve o protesto em uma espaço de manobra de veículos, na ingresso do HSF, durante toda a manhã deste sábado e só foram retirados depois de uma ação do Batalhão de Choque da PM. Desta vez, os manifestantes não aceitaram transpor voluntariamente e os policiais usaram spray de pimenta e retiraram alguns deles à força das dependências do hospital. Uma das manifestantes foi detida.
“Foi uma ação truculenta, covarde. Não estávamos depredando zero do patrimônio. O hospital é público e nós somos servidores lutando com honra. A gente está cá com o emocional impressionado, tem gente passando mal, colegas nossas de idade que estavam cá somente ocupando o lugar de espaço no trabalho”, afirmou a técnica de enfermagem Ivanilda Ferreira Alves, que é servidora do hospital.
Os manifestantes estavam ocupando as dependências do hospital havia alguns dias e impediam que os novos gestores do hospital, a estatal federalista Grupo Conceição, também vinculada ao Ministério da Saúde, assumem a direção da unidade. Eles são contra a decisão de passar a gestão, do ministério para a estatal. “Fizemos denúncias contra esse grupo que está assumindo a gestão. Estamos cá lutando pela saúde pública. Nós vamos continuar na luta”, afirmou a servidora.
Novidade gestão
Segundo o secretário Nilson Pereira Júnior, o hospital enfrentava um problema de ineficiência na gestão que ele espera ser resolvido com a gestão do Grupo Conceição.
A meta da novidade gestão é, em 90 dias, colocar mais de 200 leitos para funcionar, além de ampliar a capacidade da unidade de tratamento intensiva (UTI) e reabrir o setor de emergência do hospital, fechado desde 2020, segundo o secretário Pereira Júnior.
“É um hospital que tem sido referência por longos anos, que trabalha na subida e na média complicação. E não são só a emergência e os leitos, esse é um hospital que tem uma capacidade de diagnóstico importante, com exames na espaço de cardiologia, nefrologia, endoscopia e gastrologia. É um hospital com capacidade enorme mas que está com menos de 50% da capacidade instalada operacional, com um pouco mais de 42% de ocupação”, destacou a novidade superintendente do hospital, Elaine Lopez.
O Grupo Conceição abriu nesta sexta-feira (18) um edital de contratação emergencial de 2,2 milénio profissionais de saúde, em até 45 dias. Nos próximos dias, será feito um levantamento para fazer a obtenção de equipamentos para reabrir os serviços hoje fechados.
“Tomamos posse do hospital hoje e nosso primeiro objetivo é prometer a perpetuidade dos atendimentos que existem, prometer o aprovisionamento do hospital. Temos problemas na espaço de medicação, de insumos, de materiais. Outrossim, estamos com uma equipe fazendo um diagnóstico para identificar problemas para reabrir os leitos. Sabemos que tem falta de equipamentos”, afirmou o diretor presidente do Grupo Conceição, Gilberto Barichello.