O Observatório Vernáculo vai transmitir ao vivo o eclipse parcial da Lua que ocorre na noite da próxima terça-feira (17) até a madrugada do dia 18. O programa O firmamento em sua lar: reparo remota vai mostrar o fenômeno que será visível em várias partes do mundo, incluindo o Brasil, e a transmissão ao vivo permitirá que todos acompanhem de perto nascente espetáculo celestino.
A astrônoma do Observatório Vernáculo, Josina Promanação, explica que um eclipse parcial da Lua ocorre quando exclusivamente uma secção da Lua passa pela sombra escura da Terreno.
“A penumbra é uma sombra mais clara, que ainda recebe um pouco de luz do Sol, logo, quando a Lua está na penumbra (seja totalmente na penumbra ou parcialmente na penumbra) não se percebe nenhuma mudança a olho nu (sem o uso de instrumentos). A essa tempo chamamos de tempo penumbral. Há eclipses que são somente penumbrais. Ou seja, a Lua penetra na penumbra e depois sai da penumbra.”
Já a umbra é a sombra mais escura, onde não chega luz solar alguma. No eclipse parcial, a Lua começa a passar pela umbra, o que faz com que uma secção dela escureça e nós podemos ver isso simplesmente olhando para a Lua. À medida que a Lua avança na umbra ela vai ficando com uma “mordidinha” escura, que vai crescendo cada vez mais até o sumo do eclipse parcial. Agora, quando a Lua penetra completamente na umbra, ocorre o eclipse totalidade da Lua.
“Portanto, todo eclipse totalidade tem primeiro a tempo penumbral, depois a parcial, depois a totalidade, depois novidade tempo parcial e depois novidade tempo penumbral. E todo eclipse parcial tem primeiro a tempo penumbral, depois a parcial e depois a penumbral”, explica Josina.
Segundo a astrônoma, o Brasil inteiro vai escoltar o evento completo. Mas, nascente será um eclipse parcial com pequeníssima secção da Lua penetrando na umbra. No sumo do eclipse parcial somente 3,5% da extensão totalidade da Lua estará escura.
A astrônoma esclarece que, diferentemente do eclipse do Sol, no horário do eclipse lunar, quem estiver vendo a Lua verá a lua eclipsada. Ou seja, a quesito para ver qualquer eclipse da Lua é que a Lua esteja supra do horizonte no lugar onde a pessoa está e também que não haja nuvens encobrindo a Lua.
“Porquê todo eclipse da Lua acontece na lua enxurrada e porquê a lua enxurrada fica a noite inteira no firmamento (ela nasce quando o Sol se põe e se põe quando o Sol nasce), logo a quesito é que seja noite no lugar que você está no horário do eclipse (e que não haja nuvens na frente da Lua)”, diz.
O eclipse parcial da Lua, na noite do dia 17 de setembro, será visto do início ao termo (ou seja, tempo penumbral, parcial e penumbral de novo) em todo o Brasil. O início do eclipse penumbral acontece no horário de Brasília às 21h41mine 7 segundos. O início do eclipse parcial será, a partir das23h12min 58 segundos; a força máxima do eclipse parcial acontece às 232h44min e 18 segundos; e o termo do eclipse ocorrerá, à zero hora, 15 minutos e 38 segundos, já na madrugada da quarta-feira (18). E, o termo do eclipse penumbral será a 1h34min e 27 segundos da madrugada.
Além de escoltar a transmissão ao vivo do Observatório Vernáculo, é provável ver o eclipse simplesmente olhando para o firmamento (desde que não haja nuvens na frente da Lua). Porquê o eclipse visível a olho nu é o eclipse parcial, que só começa às 23h12, a Lua estará muito subida no firmamento para todo o Brasil, o que facilita ainda mais a reparo.
Josina Promanação avalia ainda que “não é preciso nenhum equipamento privativo para observar o eclipse. Outrossim, os observadores podem olhar diretamente para a Lua, sem preocupações, pois, ao contrário de um eclipse solar, não há riscos para os nossos olhos”.
É interessante notar que eclipses da Lua e eclipses do Sol acontecem em sequência. Isso se deve ao trajo do projecto de trajectória da Lua ser predisposto em relação ao projecto de trajectória da Terreno, de aproximadamente 5 graus. Se não houvesse essa inclinação em toda Lua Novidade haveria um eclipse do Sol e em toda Lua Enxurrada haveria um eclipse da Lua.
Em sequência ao eclipse da Lua haverá o eclipse anular do Sol no dia 2 de outubro próximo, que também será transmitido pelo Observatório Vernáculo.
