O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires, disse nesta segunda-feira (16) que a população tem que se conscientizar que não é permitido colocar queimada em qualquer extensão neste período do ano.
“A primeira coisa que nós temos de fazer é uma conscientização nas escolas, nas empresas que em todo o Brasil está proibido colocar queimada no mato. Às vezes, por falta de conhecimento, o queimada é posto pelo seu vizinho, pelo próprio proprietário que está fazendo a limpeza de uma extensão, a limpeza do pasto, mas isso pode lucrar uma proporção muito grande”, disse, em entrevista ao programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Informação (EBC).
A denúncia sobre focos de queimada pode ser feita através do número 190 da Polícia Militar e do 193, uma vez que também para o Traço Virente dos órgãos ambientais. “É importante também o pedestal dos governos estaduais com as suas brigadas e até das prefeituras, que estão mais próximas da população e podem também facilitar para evitar que um incêndio ganhe grandes proporções”.
Segundo ele, é verosímil que os efeitos climáticos se agravem nos próximos anos. “Portanto, se a gente não tiver uma ação coordenada, integrada, entre todas as esferas, a gente não vai enfrentar esse tipo de situação”.
Ações criminosas
Pires falou dos focos que são tipicamente criminosos, uma vez que colocar queimada num parque vernáculo, que é transgressão previsto na legislação ambiental. O presidente do ICMBio lembrou o incêndio que está destruindo o Parque Pátrio de Brasília.
“Hoje, a cidade amanheceu com muita fumaça, porque ontem, um domingo muito quente, houve um queimada na Granja do Torto, que acabou se alastrando para o Parque Pátrio, uma vez que é uma extensão de floresta nativa, o queimada acabou ganhando uma proporção muito grande”.
Segundo ele, mais de 300 homens do Corpo de Bombeiros, do Ibama e do Tropa trabalham no combate às chamas. “Continuaremos a noite inteira, a termo de controlar o incêndio, que poderia ter sido evitado”, garantiu.