O Instituto Brasília Ambiental, responsável pelo monitoramento do ar na capital federalista, emitiu alerta nesta segunda-feira (26) para o que chamou de “situação delicada” em relação à qualidade do ar no Região Federalista. Os dados foram colhidos na estação automática localizada na Fercal, a respeito de 24 quilômetros do meio de Brasília.
Em nota, o instituto informou que dados coletados neste domingo (25) colocam o Índice da Qualidade do Ar (IQA) uma vez que ruim para material particulado, que pode ser constituído por poeira, fumaça ou sujeira. Durante a noite, por volta das 19h, o índice chegou a ser classificado uma vez que péssimo e permaneceu assim até as 3h desta segunda-feira.
Nascente: Instituto Brasília ambiental (Ibram)
“As últimas medidas da estação mostram que houve uma pequena melhora no indicativo, mas a qualidade do ar ainda está muito ruim”, destacou o instituto. “As condições meteorológicas não favoreceram a dissipação desses poluentes, com direção do vento ainda de sul trazendo a fumaça dos incêndios para nossa região, agravado por uma situação de inversão térmica que dificulta ainda mais a dissipação”, acrescentou.
Nessas condições, segundo o instituto, toda a população do Região Federalista está sujeita a apresentar sintomas uma vez que tosse seca, cansaço, calor nos olhos, nariz e gorgomilos, além de falta de ar e respiração ofegante. “Esses efeitos podem ser ainda mais graves em crianças, idosos e pessoas com doenças cardíacas ou pulmonares”.
Nascente: Instituto Brasília Ambiental (Ibram)
“Por isso, é importante que a população tome algumas medidas, tais uma vez que evitar esforço ao ar livre, principalmente pessoas do grupo mais sensível”, recomenda o transmitido.
Veja as imagens de domingo
Brasília encoberta por fumaça de queimadas. – Marcelo Camargo/Filial Brasil
Entenda
Pelo segundo dia seguido, o firmamento de Brasília amanheceu encoberto de névoa proveniente da fumaça vinda de outras regiões do país. O brasiliense saiu de mansão na manhã desta segunda-feira e se deparou com um firmamento cinzento e um horizonte limitado. Mal podia se ver a paisagem poucos quilômetros primeiro.
O cenário visto na capital federalista é uma junção do acúmulo de fumaça produzida pelas queimadas no estado de São Paulo e a seca que, tradicionalmente, ocorre na região do Ocluso nesta quadra do ano. Em Brasília, não chove há mais de 120 dias.
A Resguardo Social do Região Federalista mantém o nível de alerta na cor laranja, permitindo a perenidade das atividades escolares nesta segunda-feira.
Os focos de incêndio têm derrotado recorde neste ano em regiões uma vez que a Amazônia, o Pantanal e a Região Sudeste. O problema se intensificou no interno de São Paulo nos últimos dias. Segundo dados do governo do estado de São Paulo, atualizados neste domingo (25), 21 cidades paulistas têm focos de incêndio ativo e 46 municípios estão em alerta supremo para o queima.
Cuidados
O clima sedento e a incidência de fumaça na atmosfera exigem cuidados da população com a saúde. Fique prudente às recomendações do Ministério da Saúde:
Aumentar a ingestão de chuva e de líquidos, para manter as membranas respiratórias úmidas e, dessa forma, ficarem mais protegidas
Reduzir, ao supremo, o tempo de exposição à fumaça, permanecendo em mansão, se provável com ar condicionado ou purificadores de ar
Manter portas e janelas fechadas para reduzir a ingressão da poluição externa, durante os horários com elevadas concentrações de partículas
Evitar atividades físicas em locais abertos, principalmente das 12h às 16h, quando as concentrações de ozônio são mais intensas
Usar máscaras do tipo cirúrgica, tecido, lenços ou bandanas para diminuir a exposição às partículas grossas, mormente para populações que residem próximas às áreas de focos de queimadas