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No último domingo, o Brasil mais uma vez saiu às ruas. A manifestação pacífica “Reaja Brasil” não foi apenas mais um ato político, foi um grito. Um grito contra a inversão de valores, contra o autoritarismo travestido de legalidade, contra a complacência com a corrupção e, principalmente, contra o silêncio imposto àqueles que ousam pensar diferente.
Milhares de brasileiros marcharam por liberdade. Uma palavra que deveria ser inegociável, mas que hoje parece cada vez mais frágil, condicionada ao humor de ministros togados e ao jogo de interesses de gabinetes distantes do povo. Quando o Judiciário abandona o papel de guardião da Constituição para assumir o protagonismo político, algo está profundamente errado. E o povo percebeu.
A recente imposição de prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada monocraticamente pelo ministro Alexandre de Moraes, tornou-se um símbolo escancarado desse desequilíbrio institucional. Sem julgamento, sem direito à ampla defesa, sem sequer a comprovação de qualquer ameaça concreta à ordem pública, o que se viu foi mais uma demonstração de força, e não de justiça. Um gesto que parece mais movido por conveniência política do que por legalidade. E as ruas não ficaram caladas.
A manifestação escancarou uma verdade inconveniente: há uma ruptura silenciosa em curso. Uma ruptura onde o Estado, ao invés de servir ao cidadão, tenta controlá-lo. Onde críticas viram crimes. Onde o medo cala, e o ativismo jurídico age com parcialidade. O que vimos nas ruas foi uma reação legítima, e necessária, de quem se recusa a ser cúmplice da omissão, da censura e da impunidade. Não faltaram cartazes exigindo o fim da corrupção sistêmica, da criminalização da opinião e do peso cada vez mais sufocante dos impostos.
E enquanto a velha imprensa tenta minimizar o tamanho do ato ou rotulá-lo com adjetivos convenientes ao sistema, a verdade é clara: o brasileiro acordou. Pode não ter o apoio da mídia, pode não estar sentado nos salões de Brasília, mas está nas ruas, com a bandeira nas mãos e a Constituição no peito.
A manifestação foi pacífica, civilizada e, acima de tudo, democrática. O que ironicamente contrasta com os discursos daqueles que hoje tentam monopolizar o conceito de democracia, enquanto usam suas canetas para silenciar, perseguir e punir adversários.
O “Reaja Brasil” é mais do que um ato. É um aviso. A paciência tem limite, e o povo já não aceita mais ser espectador de um país sequestrado por interesses obscuros. Reagir é um dever, e o Brasil reagiu.
Por: Silvio Nascimento (PL)Vereador de Caruaru.

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