Em audiência de custódia, realizada nesta quinta-feira (19), a Justiça do Rio decidiu transformar em preventiva a prisão do varão que começou o incêndio florestal que destruiu 2,7 milénio hectares de floresta na Serra da Formosura, em Valença, no sul fluminense. Sebastião Clóvis da Silva, de 61 anos, foi recluso em flagrante há dois dias, por agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Envolvente.
Na decisão, o juiz Marco Aurélio Adania, que presidiu a sessão, escreveu que Sebastião foi recluso por fomentar o incêndio de grandes proporções que queimou uma espaço equivalente a 2.700 campos de futebol de flora e preservação ambiental, uma vez que se verifica no relatório do Instituto Estadual do Envolvente (Inea) incluído no processo. Animais da espaço florestal morreram queimados ou intoxicados pela fumaça.
O magistrado disse que a prisão preventiva se justifica para prometer a ordem pública, para a conveniência da instrução criminal e para certificar a emprego da Lei Penal, “havendo provas que demonstram a existência do delito descrito nos autos e indícios suficientes de autoria por secção de Sebastião”.
Prisão
A prisão faz secção da Operação Curupira, trabalho integrado da Polícia Social do Rio de Janeiro para investigar e responsabilizar os envolvidos nos incêndios criminosos praticados no estado.
“Depois extenso esforço de investigação e levantamento de dados de perceptibilidade, foi provável identificar a pessoa flagrada em um vídeo amplamente divulgado, descendo de uma motocicleta e ateando queima em região de mata.”
O indumento ocorreu em uma espaço à margem da rodovia RJ-143, na profundeza do km 52. Depois provocar o incêndio, o varão fugiu. A ação criminosa devastou aproximadamente 2,7 milénio hectares, sendo 1,5 milénio hectares de matas nativas protegidas pela APA”, informou a Polícia Social.
