SP: comer pão na capital é 10,2% mais caro que no interior e litoral

SP: consumir pão na capital é 10,2% mais dispendioso que no interno e litoral

O tradicional pão com manteiga no moca da manhã custa 10,2% mais dispendioso na capital São Paulo do que nas cidades do interno ou do litoral do estado. É o que aponta pesquisa inédita feita pelo Procon-SP e divulgada nesta quarta-feira (16), Dia Mundial do Pão. Na capital, o levantamento revelou que o preço médio do quilo do pão gaulês – ou de sal, conforme a região – é de R$ 22,54 e, nas demais cidades, fica em torno de R$ 20,44.

O pãozinho, generalidade na maioria das famílias e que já foi tema até de uma elaboração de Mozart (La tartine de beurre), dada sua presença nas refeições, tornou-se item importante do cardápio dos brasileiros. Segundo o Sindicato e Associação da Indústria de Panificação e Confeitaria de São Paulo, são produzidos murado de 18 milhões de pães franceses por dia na cidade de São Paulo.

“Por ser um iguaria importante e largamente consumido, incluindo suas variações, o pão pode se tornar um item importante no orçamento doméstico. Por isso, o Procon-SP está incluindo mais esta pesquisa, para que os consumidores de São Paulo tenham informações de referência e se motivem a pesquisar também na hora de tomar o moca da manhã”, explicou Luiz Orsatti Rebento, diretor executivo do Procon-SP.

O levantamento do Procon-SP comparou valores de víveres, bebidas e combinados de 108 padarias espalhadas pelo estado. De conciliação com a instalação, a variação de preços corresponde ao dispêndio de vida mais cimeira na capital em relação às cidades pesquisadas, onde o Procon-SP mantém seus escritórios regionais.

O professor universitário Hermógenes Saviani Rebento, paulistano que mora em Porto Satisfeito, disse que, apesar de trespassar mais barato tomar moca em moradia, prefere ir a padarias, principalmente quando está em São Paulo. “Não há pão gaulês, sonhos ou doces em qualquer lugar do mundo que seja melhor do que nas padarias de São Paulo”, comentou.

A designer Paola Nogueira, disse que ir à panificação é alguma coisa privativo: “Faz secção de um rotina que cresceu comigo, uma tradição cotidiana que me traz conforto. Vou sempre na mesma panificação, conheço os funcionários, mas, desde as mais simples de bairro, que eu prefiro, até as mais requintadas, todas trazem essa privança.”

O Procon-SP alerta que os consumidores devem permanecer atentos a seus direitos nas padarias, uma vez que: o pão gaulês deve ser vendido por quilo; os preços precisam estar afixados de forma visível e os itens fabricados e embalados (uma vez que tortas, bolos e salgados) têm que ter informações sobre data de validade, peso, ingredientes e se contém glúten e alergênicos.

Ainda segundo a entidade, o negociante não pode instaurar peso mínimo para a venda de frios, nem usar balas e chicletes uma vez que troco. O consumidor deve ter conhecimento a reverência dos estabelecimentos que podem diferenciar os preços em função da forma de pagamento usada, oferecendo descontos para, por exemplo, modalidades uma vez que, numerário ou pix. 

Aliás, para admitir vale-refeição o estabelecimento não pode condicionar ao valor consumido, nem restringir o uso da modalidade de pagamento a determinado dia, data ou horário.

A Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip) informou que existem mais de 70 milénio padarias no Brasil, sendo que o mercado de panificação fatura em torno de R$ 105 bilhões ao ano.

 

 

 



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