TRE-PE adia julgamento que pode cassar prefeito de Pesqueira após voto inicial favorável

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) começou a julgar, na terça-feira (7), o recurso que pode confirmar a cassação do prefeito de Pesqueira, Marcos Luidson (Cacique Marcos), por suposto abuso de poder econômico; o relator, desembargador Paulo Machado Cordeiro, abriu a sessão com voto favorável à cassação.
A cassação em primeira instância, decidida em junho de 2025, teve como motivação principal o uso da máquina pública durante a campanha de 2024. Em um comício no distrito de Mutuca, o prefeito prometeu asfaltar a principal avenida do bairro Baixa Grande. A obra começou em 5 de outubro, véspera da eleição, e foi interrompida no dia 7, permanecendo inacabada. Para a Justiça, a cronologia revelou desvio de finalidade e benefício eleitoral direto, influenciando a disputa vencida por apenas 882 votos.
Após o voto do relator, a análise foi suspensa por pedido de vista de outro desembargador, o que interrompeu a sessão — o julgamento deve ser retomado na Corte regional dentro do prazo regimental, mantendo o prefeito no cargo enquanto não houver decisão colegiada final. Além disso, há outra ação em que o ex-candidato Rossine foi declarado inelegível por suposto uso indevido de meios de comunicação e disseminação de desinformação.
Além das denúncias criminais, o prefeito também enfrenta processos na Justiça Eleitoral por abuso de poder político e econômico durante a campanha de 2024. Em decisão de primeira instância, proferida em junho, a Justiça de Pesqueira cassou os mandatos de Cacique Marcos e da vice-prefeita, Cilene Martins, por uso da máquina pública em benefício eleitoral. O caso chegou ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), onde o relator votou pela cassação, mas o julgamento foi suspenso após pedido de vista e deve ser retomado nas próximas semanas. A decisão final poderá determinar, inclusive, a convocação de novas eleições no município.

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