União de esforços busca conter incêndio na Serra dos Órgãos, no Rio

União de esforços procura sustar incêndio na Serra dos Órgãos, no Rio

Uma união de esforços procura sustar incêndios que atingem o Parque Vernáculo da Serra dos Órgãos (Parnaso), na região serrana do Rio de Janeiro. Segundo a unidade de conservação, que abrange áreas dos municípios de Guapimirim, Magé, Petrópolis e Teresópolis,  as chamas atingem locais de difícil entrada.

Informe divulgado nesse sábado (14) pela governo, por meio de suas redes sociais, esclarece que a operação mobiliza o Corpo de Bombeiros e brigadistas do próprio parque, do Instituto Brasílico do Meio Envolvente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e ainda do Parque Vernáculo da Tijuca. Imagens gravadas por drones também foram compartilhadas, mostrando a extensão dos focos e a intensidade da fumaça.

De negócio com a unidade de conservação, devido à dificuldade de entrada, uma equipe especializada precisou subir a serra para fazer o reconhecimento da situação. “O projecto inicial era lançar brigadistas por meio de helicóptero em locais onde o combate a pé fosse viável. No entanto, essas condições não foram encontradas, impossibilitando o transporte. Um pesquisador que estava na extensão foi resgatado em segurança, recebeu hidratação e foi transportado para a base sem complicações”, acrescenta o informe.

O Parque Vernáculo da Serra dos Órgãos tem a maior rede de trilhas do Brasil. É também um dos locais mais buscados para a prática de esportes de serra, porquê escalada, jornada e rapel. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICBMBio), que administra o parque, já precisou mobilizar seus brigadistas em diferentes ocasiões desde o mês pretérito.

O incêndio atual atinge a extensão do Morro do Cobiçado e Vento. O queima começou na noite de terça-feira (10) e propagou-se de forma mais intensa na sexta-feira (13). O clima sedento, o relevo da região e os fortes ventos facilitam a disseminação do queima. O entrada à região atingida está restrito e a unidade alerta que trilhas não devem ser realizadas. “Essas regiões se tornam muito perigosas na presença do queima e precisam ser isoladas para que o combate seja realizado de forma segura e eficiente”.

Incêndios no Rio

Segundo dados que constam em nota divulgada pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro (CBMERJ) neste domingo (15), mais de milénio incêndios florestais no estado foram extintos desde a geração do gabinete de crise na última quinta-feira (12). “A corporação atua, por ar e por terreno, no combate às ocorrências de queima em vegetação. O CBMERJ utiliza drones com câmera térmica para monitoramento das áreas afetadas, além de aeronaves com capacidade para transporte de até 1.200 litros de chuva para ataque direto aos focos em locais de difícil entrada”, diz o texto.

Dados do monitoramento por satélite feito pelo Instituto Vernáculo de Pesquisas Espaciais (Inpe) endossam as preocupações no estado. As imagens captadas da atmosfera permitem mapear os maiores focos de queimadas. Desde o início do ano, são 960 registros. Já é o maior número de ocorrências em um único ano desde 2014, quando houve 1.283 registros. Somente em setembro, foram detectados até o momento 255 focos de queimadas no estado. É o maior número registrado para o mês desde 2011, quando houve 504 ocorrências.

Serra dos Órgãos – Registro/Flávio Varricchio/Ministério do Turismo

O excesso de queimadas no Brasil vem resultando em queda na qualidade do ar em diversas regiões, gerando preocupações com a saúde da população. Nas últimas semanas, viralizaram nas redes sociais imagens que mostram paisagens encobertas por fumaça  em algumas capitais, porquê Brasília, São Paulo e Belo Horizonte. Isso também ocorreu em municípios da região serrana do Rio de Janeiro, porquê Petrópolis e Teresópolis.

Especialistas têm indicado que os ecossistemas ficam mais vulneráveis a incêndios em momentos de seca, porquê a que o país está enfrentando. Esse cenário pode estar sendo influenciado por diferentes fatores, porquê o aquecimento global impulsionado pela ação humana e pelos efeitos do fenômeno climatológico El Niño, seguido da La Niña.

Apesar de o clima sedento deixar áreas de mata mais suscetíveis a queimadas, a origem delas está na maioria das vezes relacionada com o comportamento humano. Segundo o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, em 95% dos casos, as chamas começam pela ação do varão, seja de forma eventual ou mesmo voluntária. Já há investigações abertas em diversos locais do país que apuram indícios de incêndios criminosos. Prisões já foram realizadas nos últimos dias, por exemplo, nos estados de São Paulo e de Goiás.



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