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O deputado estadual Waldemar Borges (PSB) voltou a criticar, nesta terça-feira (9), a falta de transparência do Governo de Pernambuco em relação ao contrato de R$ 31 milhões firmado sem licitação para implantar um sistema de computação no Estado. O parlamentar afirmou, em discurso na Alepe, que apesar de ter recebido uma resposta de mais de 130 páginas ao seu pedido de informações, nenhum dos pontos centrais foi efetivamente esclarecido.
Borges explicou que solicitou oficialmente esclarecimentos após reportagens apontarem que a secretária de Administração teria viajado à Estônia e Finlândia para conhecer um sistema oferecido por uma empresa privada a mesma que, posteriormente, recebeu o contrato milionário por inexigibilidade. Segundo ele, o governo não respondeu às duas questões básicas: por que a contratação ocorreu sem licitação e quem financiou a viagem da secretária.
“Recebemos um calhamaço, mas nenhuma resposta objetiva. Não justificam a exclusividade da empresa, não comprova a necessidade de inexigibilidade e também não dizem claramente se a secretária viajou e quem pagou. Faltam documentos essenciais, como o parecer da PGE”, afirmou.
O deputado destacou ainda que sua equipe constatou que o sistema contratado não é exclusivo e que outros estados utilizam soluções semelhantes a custos menores. Para ele, isso reforça a necessidade de explicações consistentes.
Diante da ausência de respostas claras, Borges protocolou um requerimento no Tribunal de Contas do Estado (TCE), pedindo que o órgão abra um procedimento de fiscalização para investigar o contrato. O objetivo é obter, oficialmente, as informações que não foram fornecidas pelo Executivo.
“Não pedimos nada complexo. Queremos saber a justificativa da inexigibilidade e quem custeou as viagens especialmente a primeira, realizada antes da assinatura do contrato”, reiterou.
O parlamentar encerrou o discurso afirmando que a postura do governo indica resistência em esclarecer fatos simples. Agora, a expectativa é que o TCE analise o pedido e defina os próximos passos para investigar o caso.

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