Caso em Osasco mostra que polícia 'fortona' deve ser revista

Caso em Osasco mostra que polícia ‘fortona’ deve ser revista

Não é só a polícia; temos guardas municipais atuando com fuzis e fardamento de guerra. Os policias e guardas municipais não percebem que isso assusta a população. O bandido não está preocupado se a polícia faz cara feia ou tem armamentos pesados, mas a população e a maioria da sociedade brasileira sim.Essa polícia ‘fortona’, que quer derrubar o crime organizado usando a força bruta em vez da inteligência, não funciona. Fiz um levantamento no qual, entre 2022 e 2024, houve um aumento de 10% nos assassinatos, mas a letalidade policial cresceu 154%. Não é necessária tanta força assim para fazer uma polícia mais inteligente com os mesmos resultados, ou melhores. José Vicente, coronel da reserva da PM-SPVicente chamou a atenção para as condições de trabalho oferecidas aos agentes de segurança, muitas vezes expostos a longas jornadas e submetidos a situações constantes de estresse.Aqui em São Paulo, como acontece em muitos estados, o policial trabalha doze horas seguidas. É impossível aguentar um trabalho estressante por esse período. Após oito horas, cai muito a qualidade da percepção, das reações, das decisões e do comportamento policial. Quando ele sai de folga, o Estado ainda oferece vagas para trabalhar, na chamada Operação Delegada.Não se mede exatamente o que isso está acarretando de sobrecarga no policial. Isso pode causar situações anômalas, como pode ter sido essa do guarda municipal de Osasco. Provavelmente é um tipo de explosão provocada por estresse acumulado de várias fontes.Isso deve chamar a atenção para se verificar as condições de trabalho dos policiais. O estresse não é só o da rua, ao lidar com cidadãos problemáticos, mas também com os supervisores, que podem tornar um inferno a vida de um policial no dia a dia. José Vicente, coronel da reserva da PM-SP



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