Não adiantou fixar a cadeira no chão em debate

Como a “cozinha de Frankfurt” transformou os lares

Ainda jovem, Schütte-Lihotzky começou a se interessar por política e enxergava além de seus horizontes sociais. Ela tinha consciência de que muitos não estavam tão bem de vida quanto ela. Isso moldou sua compreensão de arte, design e arquitetura, e contribuiu para a sua vitória no concurso para o qual ela visitou bairros pobres em Viena.A famosa cozinhaAo contrário da recém-fundada Bauhaus, em Weimar, que se concentrava não somente na funcionalidade, mas também no design, Schütte-Lihotzky limitou seus projetos à pura função. Isso facilitou e barateou a produção e reprodução de suas criações, tanto de conjuntos habitacionais quanto de móveis.Após a Primeira Guerra Mundial, a devastada Europa precisava urgentemente de moradias baratas. Novos conjuntos habitacionais, com moradias sociais para a crescente classe trabalhadora e para quem havia perdido sua casa na guerra, eram construídos em todos os lugares.Em Frankfurt, o chefe do departamento de construção Ernst May apresentou o programa “Nova Frankfurt” para acabar com déficit habitacional da cidade em apenas dez anos. Ele chamou Schütte-Lihotzky, já conhecida por seu pragmatismo, para projetar uma cozinha adequada para o projeto. Essa cozinha deveria otimizar o uso do espaço limitado dos apartamentos e, ao mesmo tempo, melhorar o cotidiano dos moradores.Para projetar a cozinha em 1926, Schütte-Lihotzky realizou uma série de pesquisas e cálculos, que incluíam, por exemplo, o número de passos que uma dona de casa precisava para ir de A na B, como ela se movimentava, onde ficavam os objetos necessários, e como cuidar das crianças enquanto ela trabalhava na cozinha.



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