Jamil Chade

Deixo de postar no X para estar do lado certo da história

“Apesar de nosso esforços para servir ao debate público, como um megafone de Trump, nós ajudamos a alimentar os eventos mortais de 6 de janeiro”, apontaram os técnicos.A carta foi entregue para os executivos no dia 8 de janeiro, uma data que acabaria sendo simbólica para nós brasileiros. “Precisamos aprender de nossos erros para evitar futuros danos”, insistiram. “Temos um papel sem precedentes na sociedade civil e o mundo nos observa”, alertaram. “Nossas decisões nesta semana vão cimentar nosso lugar na história, para o bem ou não”, completaram.Os funcionários pediam a suspensão completa de Trump das redes. Alguns deles ainda organizaram uma iniciativa para entrar em greve caso a direção da plataforma se recusasse a banir o então presidente.Num primeiro momento, o republicano foi suspenso por 12 horas das redes. Mas, ao retornar, chamou os invasores de “grandes patriotas”. Naquele momento, a empresa entendeu que a mensagem era um incentivo para novos atos de violência, potencialmente no dia da posse de Joe Biden, em 20 de janeiro.Naquela tarde, os executivos decidiram que Trump teria de ser expulso do Twitter.O que ninguém ali imaginaria é que, poucos meses depois, a empresa seria comprada por Musk por US$ 44 bilhões. 62 mil contas seriam restauradas, inclusive de neonazistas e de Trump. E, junto com elas, foram reabilitados o ódio e a violência.



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