“Kleber transforma as referências dele em algo absolutamente brasileiro, de uma forma única. Quer dizer, é um cinema de gênero, que não foi inventado no Brasil, mas é um filme totalmente brasileiro. Isso faz com que esse filme seja um filme original, forte, potente, especial”, elogia Moura. O cineasta pernambucano, afirmou que fez uma crônica de uma época. “É uma crônica em longa-metragem de um momento da história do Brasil que eu pessoalmente ainda lembro, porque eu era uma criança, mas, ao mesmo tempo, eu acho que tem muita pesquisa histórica”, afirma. O cineasta acredita que o filme fala de “resistência” porque mantém o “olhar na realidade”. História A trama acontece “em uma época cheia de pirraça” aponta uma legenda no início do filme. O longa segue o retorno do professor universitário Marcelo (Wagner Moura) a Recife. Ele busca documentos oficiais da mãe, uma adolescente, doméstica de origem indígena, engravidada pelo filho da família de senhores de engenho. Marcelo também quer se reencontrar com o filho e fugir do Brasil, pois descobre que está marcado para morrer. Pessoas são assassinadas, corpos jogados em represas e rios. Uma perna é descoberta dentro de um tubarão, ganha vida e volta para se vingar. As citações de filmes da década de 1970 são inúmeras, sendo a mais explícitas dela a referência a “Tubarão”, de Steven Spielberg. O longa é uma combinação de filme de espionagem, thriller político, pastiche, relato pessoal e elementos surreais. Explora temas de resistência, identidade e memória. “O Agente Secreto” tem vários elementos característicos da obra de Kleber Mendonça Filho.
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