A porta-voz e vice-ministra do exterior da China, Hua Chunying, que coordena as relações com a América Latina na chancelaria, confirmou na manhã desta sexta-feira em Pequim (noite de quinta em Brasília) a visita de Estado do líder chinês, Xi Jinping, ao Brasil.
Ele estará no país entre 17 e 21 de novembro. A convite de Lula, informou ela, Xi participará da cúpula do G20 no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19. A visita de Estado será a Brasília, no dia 20.
Há três semanas, o presidente brasileiro enviou uma delegação a Pequim para fechar os acordos a serem assinados, encabeçada pelo chefe da Casa Civil, Rui Costa, e contando com o futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, o assessor internacional de Lula, Celso Amorim, e a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, o Banco do Brics, Dilma Rousseff.
Segundo Galípolo, foram negociadas parcerias nas áreas de infraestrutura, tecnologia e finanças, sem detalhar. O governo brasileiro está dividido sobre aceitar ou não a entrada formal do país na Iniciativa Cinturão e Rota (BRI), o programa chinês para infraestrutura no exterior.
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O chanceler chinês, Wang Yi, afirmou em encontro com a comitiva brasileira que “é hora de China e Brasil realizarem uma cooperação estratégica completa”.
Hua confirmou também que, antes da viagem ao Brasil, Xi participará entre os dias 13 e 17 do fórum Apec (sigla em inglês para Cooperação Econômica Ásia-Pacífico) no Peru, a convite da presidente Dina Boluarte, e também realizará uma visita de Estado à capital, Lima.
A expectativa é que ele esteja na inauguração do porto de águas profundas de Chancay, a 60 quilômetros de Lima, construído pela chinesa Cosco e parte da BRI.
Em fim de mandato, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também confirmou presença no G20 e na Apec. Nas últimas semanas, integrantes de seu governo questionaram tanto o porto no Peru como a eventual entrada do Brasil na BRI, possibilidade levantada publicamente por Lula.