“Oh, está tudo bem”, afirmou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao ser questionado sobre o confronto com o bilionário Elon Musk, com quem bateu boca na quinta-feira (5) nas redes sociais.
Segundo o site Politico, que diz ter conversado brevemente com o presidente americano por telefone, Trump e Musk devem conversar nesta sexta-feira (6) para tentar acalmar os ânimos.
O site diz ainda que foram assessores da Casa Branca que tentaram convencer Trump a moderar seus comentários para evitar um agravamento da situação e programaram uma ligação nesta sexta entre os dois ex-aliados.
Desde que Musk criticou, na semana passada, o megaprojeto de lei orçamentária de Trump, o divórcio entre o homem mais rico do mundo e o mais poderoso parecia uma questão de tempo.
Trump afirmou na rede Truth Social que deu por encerrada a missão orçamentária de Musk, que, segundo ele, enlouqueceu por conta de medida desfavorável aos veículos elétricos na lei proposta pelo republicano —Musk é dono da Tesla, uma das maiores montadoras globais da categoria.
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“Elon e eu tínhamos uma ótima relação. Não sei se continuaremos tendo. Fiquei surpreso”, disse Trump à imprensa durante reunião com o premiê alemão, Friedrich Merz. Musk, até pouco tempo atrás um dos seus assessores mais próximos, havia criticado seu projeto de lei orçamentária por acreditar que o plano vai fazer o déficit do país, já alto, disparar.
Musk respondeu com a mesma contundência, dizendo que era falso que ele havia visto o projeto de lei antecipadamente, como afirmara Trump. Em seguida, o bilionário disse que, sem a sua ajuda, o republicano teria perdido as eleições presidenciais de novembro, para as quais Musk desembolsou quase US$ 300 milhões (R$ 1,68 bilhão).
Musk não hesitou em dar golpes mais firmes e duvidosos, afirmando, sem provas, que o nome do presidente consta nos registros do caso Jeffrey Epstein, investidor americano acusado de crimes sexuais e que se suicidou na prisão em 2019. A Casa Branca chamou os ataques de lamentáveis.
No Salão Oval, Trump declarou que seu ex-aliado costumava dizer “coisas maravilhosas” sobre ele, mas que algumas pessoas que deixam o governo “se tornam hostis”.
Toda a discussão aconteceu menos de uma semana depois de Trump se despedir no Salão Oval de Musk, o rosto visível do chamado Departamento de Eficiência Governamental (Doge), responsável por reduzir os gastos do governo federal. Foi à frente do Doge, embora apenas como assessor de Trump, que Musk liderou programas de cortes profundos e, em muitos casos, atabalhoados na máquina pública, alguns dos quais foram barrados pela Justiça americana.
