Mulheres fazem ato no Masp no Dia de Luta pela Legalização do Aborto

Mulheres fazem ato no Masp no Dia de Luta pela Legalização do Monstro

Centenas de mulheres realizaram uma sintoma em resguardo da legalização do monstro em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na região meão da capital paulista.

O ato ocorreu na tarde deste sábado (28), quando comemora-se o Dia Latino-Americano e Caribenho de Luta pela Descriminalização e Legalização do Monstro.

Apesar de o monstro ser criminalizado no Brasil, há situações em que a mulher pode legalmente interromper a gravidez, uma vez que nos casos de estupro, nas situações em que há risco à vida da gestante ou do feto, e nos casos de feto anencéfalo.

Segundo a codeputada da Bancada Feminista da Tertúlia Legislativa do Estado de São Paulo Paula Nunes, a sintoma ocorre para reivindicar o que já é verdade em muitos países no restante do mundo, que é a legalização do monstro em todos os casos. “A teoria é transformar o monstro em uma política de saúde pública”.

“No entanto, a grande questão é que mesmo nos casos previstos em lei, infelizmente, o monstro lícito ainda está muito difícil cá no Brasil. A gente tem poucos hospitais que realizam esse serviço, vários outros estão se negando a fazer”, ressaltou Paula.

Neste sábado, é comemorado o Dia Latino-Americano e Caribenho de Luta pela Descriminalização e Legalização do Monstro – Paulo Pinto/Dependência Brasil

Atualmente, não há no Código Penal brasílico um tempo supremo de prenhez para o monstro lícito. A interrupção da gravidez não prevista em lei é punida com penas que variam de um a três anos, quando provocado pela gestante ou com seu consentimento; e de três a dez anos, para quem provocar um monstro sem o consentimento da gestante.

“A gente sabe que existe uma verdade no Brasil que é a de que quem tem quantia tem entrada a clínicas que realizam o procedimento. Por outro lado, quem não tem, não tem entrada ao monstro seguro e vai procurar ou clínicas clandestinas ou medicamentos vencidos, ou outros instrumentos que colocam em risco a vida dessas mulheres”, acrescentou a codeputada.

No ano pretérito, o Brasil registrou 74.930 estupros, o maior número da história. Desses, 56.820 foram estupros contra vulneráveis. Houve  2.687 casos de monstro lícito; desse número, 140 foram em meninas de até 14 anos de idade – o número mais que duplicou em relação a 2018, quando foram registrados 60 procedimentos. Na fita etária de 15 a 19 anos, foram 291 abortos.

Em agosto, o Supremo Tribunal Federalista (STF) formou maioria para rejeitar o recurso da Conferência Vernáculo dos Bispos do Brasil (CNBB), que buscava anular o voto da ministra aposentada Rosa Weber favorável à descriminalização do monstro até a 12ª semana de prenhez. O valor da questão, no entanto, ainda não foi julgado pela Namoro.

São Paulo – Entidades fazem ato pela legalização do monstro em frente ao MASP – Paulo Pinto/Dependência Brasil

No Congresso Vernáculo, o Projeto de Lei 1904 equipara a interrupção da gravidez posteriormente esse período ao delito de homicídio, aumentando de dez para 20 anos a pena máxima para quem fizer o procedimento. O projeto não foi posto em votação em decorrência da pressão popular.

“Achamos que é importante sim que a gente consiga fazer esse debate a nível das instituições, a nível dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Entretanto, os nossos direitos, a gente tem certeza que se conquista nas ruas. É justamente por isso que a gente está cá. Queremos pressionar para que esse Congresso vote o que é necessário para manter a vida das mulheres e das pessoas que gestam”, afirmou Rana Agarriberri, da Frente Estadual pela Legalização do Monstro de São Paulo.

Filme

Em Brasília, foi exibido na tarde de hoje o filme Levante (2024), no Arrecadação do Campo. O longa acompanhou Sofia (Ayomi Domenica), uma jovem desportista de 17 anos que, às vésperas de um campeonato de vôlei decisivo para sua curso uma vez que esportista, descobriu estar pejada. O filme é um dos possíveis candidatos a participar uma vez que concorrente da premiação do Oscar.



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